Homenagem a OIT discutiu direitos trabalhistas, segurança, saúde, crescimento econômico e outros aspectos das relações trabalhistas
Uma sessão solene proposta pelos deputados Evandro Araújo (PSC) e Luiz Claudio Romanelli (PSB), realizada nesta terça-feira (27), no Plenário da Assembleia Legislativa do Paraná, marcou a celebração dos 100 anos da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
O deputado Evandro Araújo em sua fala defendeu a reflexão construtiva acerca do tema, ressaltando os princípios fundamentais das Constituições brasileira e paranaense, que norteiam os compromissos do estado de direito de garantir a dignidade humana e acesso ao trabalho. “Não poderíamos deixar passar em branco o centenário de uma instituição que presta serviços ao mundo inteiro, reflete e discute o papel do trabalho frente às mudanças e transformações tecnológicas que a humanidade vem sofrendo ao longo da história,” afirmou o parlamentar. Como presidente da solenidade, o deputado Romanelli destacou a importância de se discutir o futuro do trabalho, diante das inovações tecnológicas que geram mudanças na realidade do mercado.
Compuseram também a mesa os deputados Emerson Bacil (PSL), Luciana Rafagnin (PT) e Dr Batista (PMN), Martin Hahn, diretor do escritório da OIT no Brasil, Marcos Aurélio Souza Pereira, representando o governador Ratinho Junior, Camila Gabriela Caldas, juíza presidente da Associação dos Magistrados do Trabalho da 9ª Região, Ederson José Colaço, chefe do departamento do Trabalho e Emprego, representando o Secretario de Estado da Justiça, família e Trabalho, Ney Leprevost, Sandro Lunard Nicoladeli, professor da UFPR, representando a OAB, Celio Pereira, coordenador do Conselho de Relações Trabalhistas do Paraná e Sérgio Butka, presidente da Força Paraná, representante dos trabalhadores.
“Esta é uma das grandes oportunidades para mantermos o diálogo entre as entidades reunidas nesta solenidade, pois discutimos aqui o centenário da OIT, o futuro do trabalho e as implicações que podem ter para todos os envolvidos,” afirmou Martin Hahn, diretor do escritório da OIT no Brasil. De acordo com ele, existem inúmeras possibilidades para melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores e reverter prejuízo causados pelas desigualdades, no entanto é preciso que as instituições sejam proativas para dar forma ao futuro do trabalho.
O coordenador geral do seminário “O Centenário da OIT e o Futuro do Trabalho”, advogado Sandro Lunard Nicoladeli, trouxe à pauta a importância das instituições de ensino acerca da discussão sobre o futuro do trabalho. “É lá o espaço em que os profissionais são formados com informações atualizadas e atentas às mudanças continuas,” destacou.
Para Sérgio Butka, presidente da Força Paraná, representando as centrais sindicais dos trabalhadores paranaenses, lembrou os tempos em que o Estado não tinha interesse de discutir os conflitos das relações de trabalho, mas que, apesar do avanço nas discussões, ainda é preciso repensar o modelo destas relações capital e trabalho para que sejam enfrentadas as mudanças sociais de maneira mais saudável.
Sobre a OIT – Organização Internacional do Trabalho foi fundada em 1919 para promover a justiça social. É a única agência das Nações Unidas que tem estrutura tripartite, com representantes de governos, de organizações de empregadores e de trabalhadores. Conta com a participação de 187 Estados-membros em situação de igualdade.
De acordo com a organização, sua missão é promover oportunidades para que homens e mulheres possam ter acesso a um trabalho decente e produtivo, em condições de liberdade, equidade, segurança e dignidade. Para a OIT, o trabalho decente é condição fundamental para a superação da pobreza, a redução das desigualdades sociais, a garantia da governabilidade democrática e o desenvolvimento sustentável.
Fotos: Dálie Felberg/Alep
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