Agosto Dourado, amamentar vale ouro! #Euapoioestacausa

Apenas 4 meses de licença maternidade dificulta muito. Precisamos rever nossas políticas públicas e oferecer meios que facilitem a saúde do bebê

Infelizmente, sabemos que oferecer somente 4 meses de licença maternidade dificulta muito, e muitas vezes interrompe o período que deveria ser dedicado à amamentação exclusiva. Precisamos rever nossas políticas públicas e oferecer meios que facilitem e tornem viável este momento tão importante para a saúde das nossas crianças. O Paraná ainda está distante das recomendações da OMS para o aleitamento materno. Para alcançarmos nosso objetivo, é  determinante  que cada um de nós faça o que estiver ao seu alcance para criar uma rede de apoio para estas mulheres."

 

Amamentar vale ouro!

 

este o motivo que justifica o Agosto Dourado. De fato, nenhuma outra ação isolada produz tanto impacto na redução da mortalidade infantil como a amamentação. E, ao contrário do que muitos pensam, isso não é uma verdade somente para países onde há fome e miséria e as famílias não têm outro alimento para oferecer. Apesar de todo o desenvolvimento de nossa tecnologia, não somos ainda capazes de criar uma fórmula artificial que contenha tantos e tão importantes benefícios para a saúde do bebê como o leite materno. Bebês amamentados apresentam menores índices de doenças respiratórias e alergias, melhor desenvolvimento cognitivo e emocional e melhor imunidade. Os benefícios permanecem até mesmo na vida adulta, quando se verifica menor risco de desenvolver doenças crônicas como hipertensão, dislipidemia e obesidade.

O Brasil já teve índices de amamentação extremamente preocupantes, mas o empenho de diversos segmentos da sociedade tem mudado este quadro. o que mostrou a 2ª Pesquisa de Prevalência do Aleitamento Materno nas Capitais Brasileiras, realizada pelo Ministério da Saúde em 2008. Na primeira pesquisa (1999), a média de amamentação exclusiva (somente leite materno) era de 23,4 dias, passando para 54,1 dias em 2008. O aleitamento não exclusivo também subiu, de 296 dias para 342 dias entre 1999 e 2008.

Porém, apesar da melhora nos indicadores, ainda estamos muito longe da recomendação da Organização Mundial da Saúde, que é de 180 dias de aleitamento exclusivo (6 meses) e de 730 dias para o aleitamento parcial (2 anos). A pesquisa de 2008 revelou que a região Sul do país apresenta níveis ainda menores que a média nacional: aos 6 meses, apenas 10% das crianças paranaenses estão sendo amamentadas exclusivamente por leite materno, índice que a OMS considera bom quando é maior que 80%.

São diversas as barreiras a serem vencidas para que as crianças do nosso país sejam amamentadas por mais tempo. O preconceito, a desinformação, as dificuldades enfrentadas pelas mulheres que amamentam e precisam voltar ao trabalho. Por trás deste cenário, ainda precisamos destacar os conflitos de interesse que existem por trás da indústria de complementos infantis. A socióloga e membro da Ibfan (Rede Internacional em Defesa do Direito de Amamentar), Rosana De Divittis, durante a palestra de abertura do 1º Encontro Mato-grossense de Aleitamento Materno (Emama) realizada no dia 02/08/17, em Cuiabá, destacou o tema da campanha deste ano: Proteger a Amamentação: construindo alianças sem conflitos de interesse.  O Brasil é signatário do Código Internacional de Comercialização de Substitutos de Leite Materno, e tem o dever de atuar no sentido de coibir práticas competitivas de fabricação, bem como a divulgação dos produtos industrializados.

Segundo Rosana, esse mesmo dever ético tem o profissional da saúde em geral, que deve evitar prescrever produto industrializado e orientar as mães de forma correta sobre o valor nutricional e a importância do leite materno, não se deixando influenciar pela indústria.

A dedicação de um mês todo voltado para esta temática nos lembra que precisamos voltar nossos olhos para este desafio. Cada personagem tem seu papel fundamental: os gestores, criando e desenvolvendo políticas de saúde que suportem a mãe que amamenta; os profissionais de saúde, compreendendo a importância e auxiliando pacientemente as mães que tem dificuldades para amamentar; as famílias, companheiros e grupos sociais, criando o ambiente necessário para que o aleitamento seja favorecido. Se formos capazes de amenizarmos estas e outras dificuldades que interferem negativamente na amamentação, a natureza se encarregará de fazer o resto: mãe e bebê poderão se beneficiar destes momentos de nutrição. Do corpo e da alma.

 

Foto: Foto Gloria (Cascavel/PR)

 

 

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"Neste mês dedicado à amamentação, precisamos lembrar de parabenizar a dedicação das muitas mães paranaenses que se empenham pela amamentação. Muitas delas persistem neste papel até mesmo após a volta ao trabalho.  

Infelizmente, sabemos que oferecer somente 4 meses de licença maternidade dificulta muito, e muitas vezes interrompe o período que deveria ser dedicado à amamentação exclusiva. Precisamos rever nossas políticas públicas e oferecer meios que facilitem e tornem viável este momento tão importante para a saúde das nossas crianças. O Paraná ainda está distante das recomendações da OMS para o aleitamento materno. Para alcançarmos nosso objetivo, é  determinante  que cada um de nós faça o que estiver ao seu alcance para criar uma rede de apoio para estas mulheres."

 

Amamentar vale ouro!

 

este o motivo que justifica o Agosto Dourado. De fato, nenhuma outra ação isolada produz tanto impacto na redução da mortalidade infantil como a amamentação. E, ao contrário do que muitos pensam, isso não é uma verdade somente para países onde há fome e miséria e as famílias não têm outro alimento para oferecer. Apesar de todo o desenvolvimento de nossa tecnologia, não somos ainda capazes de criar uma fórmula artificial que contenha tantos e tão importantes benefícios para a saúde do bebê como o leite materno. Bebês amamentados apresentam menores índices de doenças respiratórias e alergias, melhor desenvolvimento cognitivo e emocional e melhor imunidade. Os benefícios permanecem até mesmo na vida adulta, quando se verifica menor risco de desenvolver doenças crônicas como hipertensão, dislipidemia e obesidade.

O Brasil já teve índices de amamentação extremamente preocupantes, mas o empenho de diversos segmentos da sociedade tem mudado este quadro. o que mostrou a 2ª Pesquisa de Prevalência do Aleitamento Materno nas Capitais Brasileiras, realizada pelo Ministério da Saúde em 2008. Na primeira pesquisa (1999), a média de amamentação exclusiva (somente leite materno) era de 23,4 dias, passando para 54,1 dias em 2008. O aleitamento não exclusivo também subiu, de 296 dias para 342 dias entre 1999 e 2008.

Porém, apesar da melhora nos indicadores, ainda estamos muito longe da recomendação da Organização Mundial da Saúde, que é de 180 dias de aleitamento exclusivo (6 meses) e de 730 dias para o aleitamento parcial (2 anos). A pesquisa de 2008 revelou que a região Sul do país apresenta níveis ainda menores que a média nacional: aos 6 meses, apenas 10% das crianças paranaenses estão sendo amamentadas exclusivamente por leite materno, índice que a OMS considera bom quando é maior que 80%.

São diversas as barreiras a serem vencidas para que as crianças do nosso país sejam amamentadas por mais tempo. O preconceito, a desinformação, as dificuldades enfrentadas pelas mulheres que amamentam e precisam voltar ao trabalho. Por trás deste cenário, ainda precisamos destacar os conflitos de interesse que existem por trás da indústria de complementos infantis. A socióloga e membro da Ibfan (Rede Internacional em Defesa do Direito de Amamentar), Rosana De Divittis, durante a palestra de abertura do 1º Encontro Mato-grossense de Aleitamento Materno (Emama) realizada no dia 02/08/17, em Cuiabá, destacou o tema da campanha deste ano: Proteger a Amamentação: construindo alianças sem conflitos de interesse.  O Brasil é signatário do Código Internacional de Comercialização de Substitutos de Leite Materno, e tem o dever de atuar no sentido de coibir práticas competitivas de fabricação, bem como a divulgação dos produtos industrializados.

Segundo Rosana, esse mesmo dever ético tem o profissional da saúde em geral, que deve evitar prescrever produto industrializado e orientar as mães de forma correta sobre o valor nutricional e a importância do leite materno, não se deixando influenciar pela indústria.

A dedicação de um mês todo voltado para esta temática nos lembra que precisamos voltar nossos olhos para este desafio. Cada personagem tem seu papel fundamental: os gestores, criando e desenvolvendo políticas de saúde que suportem a mãe que amamenta; os profissionais de saúde, compreendendo a importância e auxiliando pacientemente as mães que tem dificuldades para amamentar; as famílias, companheiros e grupos sociais, criando o ambiente necessário para que o aleitamento seja favorecido. Se formos capazes de amenizarmos estas e outras dificuldades que interferem negativamente na amamentação, a natureza se encarregará de fazer o resto: mãe e bebê poderão se beneficiar destes momentos de nutrição. Do corpo e da alma.

 

Foto: Foto Gloria (Cascavel/PR)

 

 

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